quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O FILHO PODE SERVIR PARA UNIR OU PARA SEPARAR O CASAL

Um bebê entre nós

A chegada do primeiro filho é sempre um momento de transformação importante na vida do casal, pois independente do bebê ter sido planejado ou não, sempre existirão muitas adequações a serem realizadas. Trata-se de uma mudança de status radical; um salto para uma nova etapa incluindo até mesmo, uma nova geração.
Cada um dos cônjuges assume novos papéis e, consequentemente, novas responsabilidades, passando de “amparados” para “amparadores”.  Surge então a necessidade do casal se organizar para encarar as demandas da nova etapa. Ouve-se muito falar sobre as providências práticas como enxoval e quarto do bebê, mas as providências que se evidenciam são as de ordem emocional a fim de que essa nova família tenha condições de se desenvolver de forma sadia. Isto significa que homem e mulher deverão equilibrar, dentro do possível, seus papéis como pai e mãe, marido e mulher, companheiros, parentes e amigos. É também um período que se deve dar muita atenção para a fronteira da nova família já que sendo principiantes, todos se sentem no direito de invadir e dar palpites. Cabe aos cônjuges mostrar que desejam e não abrem mão de exercer a principal autoridade sob o bebê que é a paterna e materna e que, dessa forma, devem ser respeitados.
Existe ainda uma questão fundamental no reequilíbrio da vida do casal que é o grande fascínio que o bebê exerce, monopolizando atenção e carinho. É importante lembrar que não é porque pai e mãe estão felizes e desejam estar com seu rebento, que o homem e a mulher deixam de ter suas necessidades afetivas e sexuais. Muito a que se vigiar para que o filho que deve unir ainda mais o casal, não seja motivo de afastar um do outro. Muitas mulheres no período gestacional iniciam um processo de irritabilidade muito grande em relação ao parceiro, tomando por ele todo o tipo de distância, inclusive sexual. É como se só o seu amor pelo filho bastasse ou fosse o único verdadeiro. Essa sensação chega a ser tão forte que algumas sentem enjôos na presença do marido.
Esse processo de isolamento costuma ser muito sofrido para o homem e muitas vezes ele opta a afastar-se cada vez mais. É então que o efeito circular se evidencia, pois diante dessa reação a mulher acredita que ele não a ama e não a deseja mais; a perturbação está, pois, instaurada.
Mas também acontece desse distanciamento não ser provocado pela mulher e sim pelo homem. Se para o pai não existe o comprometimento físico, sem dúvida, o psicológico e emocional podem ser extremamente complicados. Muitos homens afastam-se de suas mulheres assim que a gravidez é confirmada ou começa a mostrar contornos no corpo dela. Dificilmente esse comportamento tem origem na falta de desejo por conta das transformações físicas que ela sofre; quase sempre a questão envolve fatores psíquicos. Alguns homens, inconscientemente, começam a ver no casamento uma relação incestuosa; como se fosse impossível amar a mulher que ao mesmo tempo é a mãe de seu filho.
Qualquer que seja a dificuldade, uma boa dose de compreensão e paciência, somados ao diálogo harmonioso pode ser o bastante para que ambos as superem.
Claro que nos primeiros meses o bebê exigirá muito dos dois, normalmente mais da mãe que ainda estará convalescente do parto. Noites mal dormidas podem ser contínuas e o cansaço é inteiramente compreensível. Entretanto, nada que se possa estender mais do que uns três meses, depois disso é preciso que o casal encontre uma rotina que os satisfaça como pais e cônjuges. Para a mulher essa transição costuma ser bem mais difícil, o bebê exerce um encanto totalmente sedutor na mãe e, inconscientemente, ela só tem olhos para aquele ser mágico. O papel do marido se faz urgente nesse período, pois, é preciso compreender que entre mãe e filho existe um cordão muito mais forte do que aquele cortado no nascimento. É o momento de chamar a mulher de volta, de buscar o seu espaço entre aqueles dois seres que até então vivem em ligação simbiótica, conquistando a posição de membro igualmente importante naquele clã. Pela complexidade do momento, todo carinho e determinação são essenciais por parte do marido que deve agir com firmeza, mas igualmente com muito amor e compreensão. Chegando a um equilíbrio ambos acabarão por entender a necessidade de se unirem encontrando a melhor forma de lidarem com as questões que se impõem. Isso de todas as formas será fundamental para o desenvolvimento saudável do filho, pois, excesso de proteção pode ser muito prejudicial à criança.
Portanto, é fundamental que o casal busque desde cedo harmonizar e organizar sua vida diante das novas circunstâncias desta etapa. Se surgirem dificuldades, há que se buscar a orientação e os serviços de um profissional especializado. Todo o esforço deve ser no sentido de atingir o equilíbrio necessário ao desenvolvimento saudável da nova família.
Por: Suely Buriasco – Palestrante, Educadora e Mediadora de Conflitos
Imagem: Reprodução

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A TV É A PROFESSORA DO MAL




Leia atentamente o Salmo 23, o salmo do bom pastor, e considere esta paráfrase do outro lado do Salmo 23, dentro de um contexto da televisão:
1. O televisor é o meu pastor e tudo me faltará.
Me faltará tempo - para ler a Bíblia e para orar; para brincar com meus filhos e ler para eles; para conversar com a minha família; para ter comunhão com meus irmãos e amigos.
Me faltará esperança - porque os noticiários me encherão de medo do futuro.
Me faltará amor - porque a violência do meu semelhante vai me incentivar a odiá-lo.
Me faltará fé - porque a minha mente estará alimentada por sentimentos de derrota, e os meus pensamentos estarão alimentados pelas circunstâncias.
2. Ele me induz a deitar-me sobre a poltrona da acomodação.
E eu fico preso, horas por dia, aos seus ensinamentos amaldiçoados.
Quando volto do trabalho, prefiro estar com ele a estar com a minha família, a visitar alguém, a ler ou a conversar.
Acho difícil me concentrar em reuniões da Igreja (são muito demoradas e maçantes), enquanto que diante da TV não vejo o tempo passar.
Enquanto o mundo "acontece" diante dos meus olhos, meu tempo de servir a Deus se escoa pelos esgotos imundos.
3. Ele me leva a beber águas poluídas e contaminadas.
Medito o dia inteiro no que vejo na TV - na injustiça, na pornografia, na violência, na corrupção, na crueldade.
Vivo entorpecido pelo engano do diabo, pelo pecado, pelo mundanismo e pela minha própria carnalidade.
Quando não tenho tempo de estar com o meu televisor, sinto saudades dele.
4. Minh'alma vive em tormento.
Não consigo viver por fé no que Deus promete, se o que "vejo" é tão contrário ao que a Palavra de Deus me diz.
Passo meus dias preocupado - com o futuro, com o dinheiro, com o suprimento.
Nem durmo bem à noite, nas poucas horas que o televisor me autoriza a dormir!
5. Guia-me pelos caminhos do pecado.
Ele apaga da minha mente o sentido da palavra santidade.
A porta larga é o caminho que estou escolhendo seguir porque acho o caminho estreito de Jesus algo ridículo (e intangível).
6. Ainda que eu visite a Igreja ou leia a Bíblia de vez em quando, mesmo assim, vivo cheio de medo.
Tenho medo de perder a saúde, o emprego, o dinheiro, a família.
Tenho medo de ser diminuído, desconsiderado, humilhado, criticado.
Tenho medo do dia de amanhã.
Tenho medo da vida; tenho medo da morte.
7. Porque não consigo desligar o meu televisor...
Todo primeiro dia do ano, prometo, a mim mesmo, que vou começar uma vida nova - com mais compromisso e responsabilidade pelo encargo de Deus.
Meu televisor não me permite cumprir as minhas promessas.
8. ...o seu domínio me atormenta.
Se agendo um compromisso, quando "converso" com meu televisor, ele me convence a esquecê-lo, em favor de uma de suas programações convincentes.
Invento qualquer desculpa para não perder nenhum capítulo dos seus seriados "picantes".
Novelas me atraem, filmes me atraem, programas de humor me atraem, noticiários me atraem, programas de auditório me atraem.
E essa atração me domina completamente.
Estou praticando a mentira!
9. Quando me defronto com os meus inimigos, sinto-me impotente - e fujo deles correndo!
Não prego o Evangelho para ninguém, porque sinto vergonha de falar de algo tão "fora da realidade" como a Palavra de Deus.
Não sou capaz de orar por um enfermo. Afinal, se ele não for curado - como ficará a minha reputação? Mesmo porque, também não acredito que possa sê-lo!
Se vejo alguém com problemas, eu me calo. Afinal, não consigo vencer nem as minhas próprias lutas...; o que poderia falar a outros?
10. A unção de Deus me falta.
Se vou orar, não tenho assunto com Deus.
Tenho facilidade para reclamar e não encontro motivos para louvar a Deus.
Se passo por dificuldades, vejo milhões de gigantes, e me escondo de Deus.
Eu poderia chorar diante de Deus, mas me faltam lágrimas.
Não posso ajudar a ninguém, visto que também preciso sempre de ajuda.
Eu moro em um deserto e estou completamente seco.
11. Imoralidade, violência e vaidade certamente me seguirão todos os dias da minha vida...
Não sei o que posso fazer para mudar o curso da minha vida.
Desligar o meu televisor não posso - não conseguiria viver sem diversão e entretenimento.
Sinto que o meu futuro será como o presente: cheio de desânimo, incredulidade, resistências espirituais, maldições não quebradas e derrotas.
Minha "mesa" estará farta de comida podre - recheada de fezes!
12. ...e perderei o Reino do Senhor, padecendo horrores na tribulação longe da Casa do Senhor.
Não tenho motivação para fazer nada que corte a entrada do mundo, do pecado e dos conselhos de Satanás em minha casa.
Meu futuro está garantido longo do Reino. Mas isso não importa..., afinal, estou salvo. Não acho que o galardão seja tão importante assim...
Devo confessar essa palavra, crendo que sucederá: - O Reino virá, mas eu não farei parte dele, porque Deus disse que ele é para os crentes vencedores e eu sou um derrotado!
Oração de combate
"Senhor!
Abre os olhos espirituais dos teus filhos, para que fechem a torneira da enxurrada do mundo em sua mente - ligada diretamente à fonte do propósito de Satanás: matar, roubar e destruir a comunhão, a adoração, a posição e a manifestação daqueles que têm sido chamados segundo o teu propósito!"

terça-feira, 5 de novembro de 2013

O BRASIL NÃO PRECISA DA POLITICA DO FILHO UNICO

Na China, há mais de 1,3 bilhão de pessoas vivendo, trabalhando e constituindo famílias. Muitos ocidentais imaginam que as famílias tradicionais chinesas são constituídas de várias gerações morando sob o mesmo teto. Até um século atrás, esse era um retrato fiel delas. Mas essa não é mais a regra.
Famílias comemoram o Dia das Crianças em um parque na China. O dia é feriado anual desde 1949.
Tony Tremblay © iStockphoto.com
Famílias comemoram o Dia das Crianças em um parque na China. O dia é feriado anual desde 1949.
Atualmente, uma família típica chinesa inclui um homem e uma mulhercasados, com um único filho, conhecida como família básica. Embora às vezes haja modificações, incluindo um ou os dois grupos de avós morando com eles, a porcentagem de famílias básicas continua a aumentar, acima dos outros tipos. Esse aumento não é nenhuma coincidência - é um reflexo direto das políticas de controle populacional do governo da China.
A Comissão Nacional para População e Planejamento Familiar da China (NPFPC) é um órgão estatal responsável pelo controle populacional, saúde reprodutiva e planejamento familiar em todas as províncias, regiões autônomas e municípios chineses. Em relação a isso, o órgão desenvolve políticas e regulamentações, organiza e coordena a publicidade e a educação e direciona e supervisiona a ciência e a tecnologia de reprodução. A NPFPC limita o número de filhos que os casais chineses podem ter, o que normalmente é conhecido como política do filho único.

Essa política esteve nos noticiários recentes, depois que a província de Sichuan sofreu um terremoto de oito pontos na Escala Richter, em maio de 2008. Aproximadamente dez mil crianças morreram e outras milhares sofreram ferimentos graves [fonte: New York Times]. Devido às políticas de controle populacional da China, a maioria das famílias de luto perdeu seu único filho. Embora a NPFPC esteja criando exceções à política para as famílias devastadas para permitir que elas tenham outro filho legalmente, tais exceções são raras.

Mas, por que um país adotaria essas medidas? Para responder a essa questão analisamos nas páginas a seguir a criação da política do filho único, seus parâmetros e as críticas em relação a ela

População e planejamento familiar na China

A taxa de fertilidade, que é o número médio de filhos nascidos para uma mulher, está em torno de 1,7 na China.
Enge © iStockphoto.com
A taxa de fertilidade, que é o número médio de filhos nascidos para uma mulher, está em torno de 1,7 na China
Estima-se que, atualmente, haja mais de 1,3 bilhão de pessoas na China e que apopulação esteja crescendo a uma taxa de 0,6% - até o ano de 2050, ela deve atingir a 1,6 bilhão de pessoas [fonte: CNN]. A taxa de fertilidade, que é o número médio de filhos nascidos para uma mulher, está em torno de 1,7 - cerca de 1,3 em áreas urbanas e um pouco abaixo de 2 em áreas rurais. Esses números caíram de 2,9 filhos por mulher há 30 anos e são significativamente menores que a média de seis filhos por mulher em 1970 [fonte: New England Journal of Medicine].
Em comparação, outros países do Leste Asiático têm observado uma diminuição na taxa de fertilidade durante o mesmo período de tempo. Japão e Cingapura, por exemplo, têm as menores taxas de fertilidade do mundo, 1,38 e 1,04 nascimentos por mulher, respectivamente [fonte: New England Journal of Medicine]. Muitos países europeus também têm observado um declínio nas taxas de natalidade e, em resposta, estão concedendo bonificações - normalmente dinheiro e isenção de impostos - para encorajar os casais a aumentarem o número de filhos.
A redução da população na China, no entanto, não é acidental. Durante adécada de 70, o país começou a encorajar o planejamento familiar voluntário retardando o casamento, tendo menos filhos e aumentando o número de anos entre eles. Em 1979, o governo introduziu sua política de filho único, um esforço agressivo para melhorar o padrão de vida e a economia por meio de controle populacional. Embora, originalmente, o governo planejasse um programa a curto prazo, o sucesso da prevenção de quase 400 milhões de nascimentos levou a China a manter uma versão atualizada da política em vigor [fonte: CNN].
De acordo com a política do filho único, casais da área urbana (aproximadamente 36% da população) podem ter apenas um filho. As exceções são os casais que sejam de uma minoria étnica ou que sejam também filhos únicos. Em áreas rurais, os casais podem se candidatar a uma permissão local para ter um segundo filho, se o primeiro bebê for uma menina, e podem ter três filhos se fazem parte de uma minoria étnica.
Em áreas rurais, os casais podem se candidatar a uma permissão para ter um segundo filho, se o primeiro bebê for uma menina.
Wendy Shiao © iStockphoto.com
Em áreas rurais, os casais podem se candidatar a uma permissão para ter um segundo filho, se o primeiro bebê for uma menina
De acordo com as leis de planejamento familiar da China, cada indivíduo é responsável por praticar planejamento familiar e métodos contraceptivos. Àqueles que seguem a política são oferecidas recompensas como um "Certificado de Honra para Casais com Filho Único", empréstimos, assistência social e outros auxílios, dependendo do status sócio-econômico do casal. Casais que retardam o casamento e o nascimento de filhos podem estar qualificados a recompensas também, como, por exemplo, licenças matrimoniais e de maternidade mais longas.
Pessoas que não seguem a política de um único filho estão sujeitas a penalidades que incluem: multas (que variam de metade da renda anual familiar a dez vezes esse valor), confisco de bens e sanções administrativas para funcionários públicos. O "excesso" de filhos pode estar sujeito a penalidades educacionais e na área da saúde.
Para garantir o cumprimento da lei, a Comissão Nacional para População e Planejamento Familiar da China (NPFPC) oferece métodos contraceptivosuniversalmente acessíveis e gratuitos. Mais de 87% das mulheres casadas fazem uso de contraceptivos, enquanto em outros países em desenvolvimento o uso atinge aproximadamente um terço das mulheres casadas [fonte: New England Journal of Medicine]. Os dois métodos mais comuns entre as mulheres chinesas são os DIUs e a esterilização feminina [fonte: NPFPC]. Em comparação, vasectomia, pílulas anticoncepcionais e preservativos são usados por menos de 10% da população [fonte: NPFPC]. As taxas de aborto registradas entre as chinesas são menores que entre as americanas: 25% das chinesas já tiveram, pelo menos, um aborto, enquanto 43% das americanas já se submeteram a tal procedimento [fonte: New England Journal of Medicine].
A seguir, veremos quais são as metas futuras da NPFPC e a controvérsia em torno dessas políticas populacionais..

Controvérsia e críticas relacionadas à Política do Filho Único

A China pode enfrentar problemas como uma força de trabalho menor, constituída de filhos únicos e de uma grande população envelhecida.
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A China pode enfrentar problemas como uma força de trabalho menor, constituída de filhos únicos e de uma grande população envelhecida
A política de um único filho da China, da forma como se apresenta hoje, permanecerá em vigor até 2010, quando novamente será revista pelo governo. Ao mesmo tempo, o declínio demográfico da China é resultante de uma proporção crescente de idosos em relação a adultos que recebem salários. A força de trabalho menor, constituída de filhos únicos, é desafiada a suportar dois conjuntos de pais idosos: a China carece de cobertura pensionista adequada e de sistemas de bem-estar social, deixando trabalhadores jovens sobrecarregados.
Durante décadas, o país sofreu severas críticas, acusada de problemas com direitos humanos e de reprodução, infanticídio feminino e práticas inseguras. Dizem que as políticas de planejamento familiar da China forçam ou coagem as mulheres a realizarem abortos e esterilizações por meio de pressões sociais, econômicas e psicológicas, discriminam mulheres e transgridem o direito humano à reprodução.
Além disso, a política do filho único, juntamente com a preferência tradicional da China por herdeiros do sexo masculino, tem contribuído para um problema de desequilíbrio sexual. Há um alto índice de abandono de crianças do sexo feminino. Infanticídio feminino, o ato de matar intencionalmente crianças e fetos do sexo feminino, é uma antiga prática e um problema reconhecido no país. Em 2005, estima-se que nasceram 118 meninos para cada 100 meninas, com o nível máximo chegando a 130 meninos para cada 100 meninas em algumas partes do território chinês. Em termos comparativos, a proporção média de meninos/meninas em países industrializados é de 104 a 107 meninos para cada 100 meninas [fonte:Washington Post].
Apesar da controvérsia, a China continua a procurar maneiras de melhorar suas políticas populacionais. A NPFPC está planejando programas e avanços na qualidade dos serviços sociais e de saúde reprodutiva. Já em muitas províncias da China, foi revogado o requisito de obter permissão prévia do governo para se ter um filho, conhecido como permissão de nascimento. A NPFPC também pretende estudar programas estaduais de desenvolvimento populacional e assistência social para ajudar famílias rurais a seguir um planejamento familiar ("menos nascimentos, riqueza mais rápida").
Para resolver o estigma social de ter meninas e um resultante desequilíbrio na proporção sexual, a NPFPC está lançando um projeto-piloto, chamado "Girl Care". E, em um esforço para melhorar a saúde reprodutiva, os funcionários do planejamento familiar oferecerão às mulheres opções mais detalhadas sobre contraceptivos. A China também tornou ilegal a discriminação contra mulheres que dão à luz a meninas e proibiu abortos realizados após um ultra-som, por motivos de escolha de sexo do bebê. Uma campanha publicitária na Província de Hebei inclui propagandas em outdoors com os seguintes dizeres: "Não há nenhuma diferença entre ter uma menina ou um menino - as meninas podem dar continuidade à linha familiar."
Em esforços com agências do mundo inteiro, a NPFPC está discutindo a mudança de foco para fornecer serviços sociais e de assistência à saúde reprodutiva com maior qualidade, mais seguros e mais adequados a mulheres, adolescentes, idosos e migrantes.

TESTEMUNHO DE UMA FAMILIA GRANDE E FELIZ

Conheça a família Bianco"

Conheça as famílias numerosas portuguesas


Somos a família Bianco. O pai Marco tem 33 anos e é Mecânico, a mãe Ana tem 31anos e é Animadora Sociocultural (mas desempregada desde o segundo filho).Temos 4 filhos, um anjo no Céu, o Afonso tem 6 anos e quer ser Pedreiro, a Isabel tem 2 anos e quer ser Princesa (já é!),a Lúcia tem 1 ano e, por enquanto, quer apenas crescer rodeada do Amor e Miminho desta família numerosa. Vivemos em Ribamar- Lourinhã.

Não somos ricos, não somos pobres. Queremos ser tratados com equidade e justiça.
Somos 5 cá, e queremos ser tratados como 5. Porque somos 5 gastamos cerca de 50 litros de sopa por mês,  para alimentar a família!
Hoje os 5  contribuímos para o crescimento económico do país, amanhã os nossos filhos vão pagar as nossas reformas e ajudar a pagar as reformas de mais pessoas.

Aqui vai uma mensagem da nossa família:
Vivemos numa sociedade anti natalista e consumista, onde a natalidade é vista como um obstáculo para a felicidade!
No entanto, para nós, os filhos são uma bênção enorme, e a felicidade plena!
Pena que muita gente não consiga sentir desta forma e deixar de lado os comentários infelizes do tipo: Mais um? Foi acidente? Não há televisão em casa?
Pobres... de espírito
!

MÃES DE FAMILIA NUMEROSAS

As (loucas) mães de famílias numerosas

Por: Maria Teresa Serman

Hoje em dia consideram-se famílias numerosas as que geram mais de três filhos. Para mim, porém, que faço parte do time das "loucas", só dá pra entender "numeroso" por,no mínimo,cinco filhos. Como esta é exatamente a minha experiência - cinco -, vou tentar dar uma pálida idéia deste cotidiano. Prometo omitir os detalhes mais fortes, afinal este é um blog ameno.

Começo por aí mesmo - bom humor. Sem ele como companheiro fiel ninguém vive; mas ao estar cercada de pequenos seres exigentes, sem ele não se sobrevive. Creio piamente que é o melhor instrumento de formação e convivência, na família e fora dela. Lamento se não soube valorizá-lo quando precisei, ao educar meus filhos, pois perdi excelentes oportunidades de fazer, a eles, a meu marido e a mim mais felizes. Agora eu o mantenho à mão o tempo todo, e recomendo seu uso indiscriminado sempre. Use e abuse da alegria e do otimismo, nunca é demais.

Uma visão positiva da vida está na alma de quem se dispõe a melhorar o mundo com vários filhos. Não é determinante o volume de roupa que temos que lavar; o número de fraldas que temos que trocar, e nem o ritmo alucinante de banhar, alimentar, levar e apanhar crianças na escola, inversamente proporcional aquele em que adquirimos os supérfluos que outras famílias colecionam.

É fundamental ter a ordem como mestra e senhora para se conseguir levar avante esse ambicioso projeto. As pessoas gostam de se dar ao direito de nos chamar de loucas, mas somos as mulheres mais sensatas que existem, podem acreditar. Senão já estaríamos internadas e os filhos, no Juizado. Com organização se conseguem o que muitos reconheceriam como "milagres".

Devemos também sempre lembrar que cada filho é uma pessoa individual, e, portanto, merece atenção e afeto personalizados. Aprendi isso com minha avó, que levou uma vida difícil, mas com resultados muito felizes. Teve três filhas, e havia um rodízio das meninas na cozinha, com ela e a empregada, para aprenderem a fazer o básico. Depois desse treinamento, vovó levava a aprendiz para passear e lanchar no centro da cidade - o chique era ir à Colombo, `a Cavé e outras -, com sua atenção exclusiva.

Há muitos detalhes da rotina (acho que esta palavra não se aplica ao caso, contudo não tenho outra melhor) da mãe de família numerosa que podemos relatar em nova ocasião. Por hoje, vou me concentrar em um aspecto cansativamente mencionado - o da "loucura" de ter o número de filhos que o mundo reprova. E assim é, sem dúvida, pois amar com generosidade, como deve ser - senão é outra coisa, não merece ser chamado de amor - é loucura, sim. Nada menos que isso. Não pela contabilidade mesquinha de mais ou menos bebês, e sim por que é preciso enlouquecer aos olhos do mundo para conhecer o verdadeiro amor. Aquele que "tudo suporta", que a tudo transforma, a começar por si mesma.

Se acompanharmos a trajetória de vida de uma mulher que se permitiu enlouquecer de amor, verificaremos que é feliz como poucas, pois só quem vive a insanidade cotidiana do amor descobre a felicidade, que não lhe resiste. Permanece com ela, mesmo na hora da doença, da escassez de meios, até na falta de correspondência a este amor. É esse o verdadeiro alimento da família, mais do que pão e leite sobre a mesa. É com esse amor com que todos sonham, ainda que não saibam, ou não queiram admitir.
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