domingo, 18 de março de 2012

SER PASTORA EM CASA JÁ BASTA

Muitas pessoas já me perguntaram minha opinião sobre mulher ser pastora da Igreja Adventista. Bem, tenho uma opinião pessoal, baseada em minhas análises sobre a mulher, seu papel, o papel do pastor, e a sociedade atual. Gostaria de dividí-la com vocês e, também, conhecer as suas opiniões!

Desde sua criação, a mulher tem a função de auxiliadora. Ela é a administradora do lar, a responsável pelos cuidados prestados aos membros da família. Contudo, em cada época, a função da mulher foi adaptada ao momento. Essa função tem sofrido transformações juntamente com a sociedade, e, na minha opinião, a sociedade também tem sofrido alterações junto com as modificações do papel da mulher.

Hoje, boa parte das mulheres trabalham fora. Nossas condições sociais e econômicas, muitas vezes, exigem isso de nós. E mesmo quando se tem um marido com ótimas condições financeiras, a incerteza do futuro, o medo do fim da relação ou nossas próprias questões relacionadas à nossa identidade e autoestima são motivos para buscar uma independência profissional e financeira. Assim, a mulher dedica boa parte do seu dia a um trabalho fora de casa. Com isso, muitas crianças crescem sem a presença dos pais em casa. São educadas pela TV ou, quando têm mais sorte, por um parente ou babá. A mulher e o homem chegam à noite em casa, e ambos estão cansados. Não têm paciência para dedicar algum tempo às crianças, e nem a eles mesmos. A mulher ainda tem os serviços da casa para fazer, o que gera uma carga maior de stress no final do dia. Nesse cenário, milhares de famílias, hoje, sofrem pela ausência da mãe/esposa em casa.

Imagino, que a função do pastor exige bastante de quem assume essa responsabilidade. Tenho amigos pastores e filhos de pastores, e observando a dinâmica familiar, ou mesmo conversando com eles, percebo sempre o fator ausência do pai. Muitas vezes, essa ausência é compensada com a presença da mãe, mas a falta paterna não é completamente suprida por esta. Essa ausência é completamente compreensível. Pastores são responsáveis por centenas (ou mais) de pessoas. Precisam dar uma atenção especial a alguns membros, estar sempre à disposição… enfim, estar a serviço de suas ovelhas a todo o tempo. Claro que isso não justifica a ausência e os prejuizos que esta pode causar, mas explica o porquê dela ocorrer.

Agora, pense comigo. Você consegue imaginar uma mulher assumindo as atribuições de pastora adventista? Consegue pensar numa mãe que tem que estar 24 horas por dia em função dos membros de seu distrito, por exemplo? Consegue pensar numa pastora departamental, que viaja toda semana para dar treinamentos e levar projetos da Instituição Adventista para as Igrejas de seu Estado ou País? Eu acredito que isso seja bastante complicado!

Além da questão da ausência no lar, o fato de sermos auxiliadoras, e não cabeças, também é importante. Em uma casa onde o homem é a ovelha e a mulher é “o pastor”, as funções designadas por Deus, de homem e mulher se invertem. Nem todos os homens dão conta disso, e acredito que não precisam realmente dar conta, pois isso não foi designado por Deus!

Aí você pode pensar: “então você é contra as mulheres que fazem teologia!”. Não! De forma alguma! Não sou contra as mulheres estudarem teologia, e penso que muitas vezes, as teólogas que temos deveriam assumir funções maiores do que têm assumido atualmente. Contudo, sou a favor de uma dinâmica familiar saudável! Não posso afirmar que a dinâmica familiar X é a saudável e perfeita para toda e qualquer família. Cada família é única, constituída de forma muito peculiar. Sendo assim, penso que cada caso deve ser muito bem analisado, pois o serviço de Deus pode ser prejudicado quando alguns fatores (como a família) são negligenciados.

Que Deus nos abençoe, para que sejamos todas servas fiéis do Senhor!! Que abalemos o mundo com o poder do Espírito Santo de Deus!

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